domingo, 19 de julho de 2009

Futuros Comunicólogos

As linhas que agora traço, o simples fato da escrita que aprendi na escola, já me colocam no estado de uma mensageira, de comungar com o leitor-receptor a junção de letras que formam sons que expressam meus pensamentos, meus conhecimentos, o que desejo compartilhar. Ao longo da história o homem foi aprendendo, desenvolvendo e aprimorando-se e formando: a Comunicação. O meio, a mensagem e o receptor: Comunicar não é só transmitir ou só receber; “Comunicação” é troca e ninguém comunica sem considerar, além das palavras, as emoções e a situação em que fazemos a tentativa de tornar comuns conhecimentos, idéias, instruções ou qualquer outra mensagem, seja ela verbal, escrita, sonora, visual, corporal etc.

Ao longo de três anos e meio na faculdade, viemos com o intuito de não só aprender a arte da Publicidade e da Propaganda, mas a arte de comunicar e de atingir o receptor e fazer-se entender diante daquilo que desejamos informar, transmitir, estudando comportamento, perfis, sociedade, o mundo em que já vivemos e o mundo do qual fazemos parte, etc. Hoje por meio deste “meio”, venho tentar refletir sobre a comunicação e dizer um pouco dos anos sonhados da faculdade que, por hora, finaliza-se no ano de 2009. Nesse semestre deixamos as aulas em sala e o convívio com os outros colegas, para nos dedicarmos ao “mero” trabalho final, suas orientações, as felicidades, as decepções, os novos aprendizados, os novos desafios e muitas vezes a falta de comunicação dos grupos (risos).
Há sempre uma máquina do tempo em nossas mentes quando terminamos ciclos de nossas vidas, que nos coloca a avaliar o passado e o futuro. Como entrei na faculdade? Qual será meu futuro daqui em diante? As lembranças de quando entramos na faculdade: Quem seriam os amigos?Quais seriam os professores? E as expectativas do futuro: Para onde irei? Será que vai dar certo? Por onde começar? Essas são algumas das tantas questões que passam em nossas mentes - a máquina do tempo vai e volta no passado e no futuro. Contudo não devemos esquecer de avaliar o presente. Como dizia nosso amado mestre Bertuolo, traçar nosso próprio plano de carreira no hoje. Creio que posso dizer que, muitas vezes, não conseguimos traçar ou seguir esse plano, tantos afazeres e coisas que nos levam, que a vida e a sobrevivência tornam-se, às vezes, maior por momentos. Porém, a vida sempre bate em nossas portas e faz nos lembrar de sonhos e aspirações que só podem ser realizados através de muito trabalho. Hoje, costuma-se se esquecer de certos fatores que nos levam até mesmo deixar de lado nossos sonhos. Se estamos realmente lutando por eles ou se é a maré que esta nos empurrando. Porém, sempre vem uma tempestade ou outra, mas a bonança supera, eleva as forças e nos coloca no controle do barco novamente. É essa a principal questão, nunca deixar de remar.
Com a máquina do tempo em foco, retornamos ao primeiro dia de aula, aos novos amigos, aos trabalhos, às informações novas, às provas, às festas, às repúblicas, à pindaíba, ao passe de ônibus, ao pastel da esquina (muitos)... E vamos andando ao segundo, ao terceiro, ao quarto, ao quinto, ao sexto, ao sétimo e enfim ao oitavo período. Ao longo desse tempo fomos absorvendo conhecimentos, não só os teóricos, mas os de vida, como a doce arte de conviver, com suas deliciosas risadas e conturbadas picuinhas (como em qualquer lugar que reúna-se mais de uma pessoa).Que no final de tudo só vai deixar saudades.
Minha avó sempre disse que o que nunca vão nos roubar é o conhecimento que adquirimos. Portanto é preciso ter garra para tentar absorver tudo, o que na verdade, sinto ser impossível, por mais esforçados que sejamos.Mas para os mais esforçados ou ditos cabeças de ferro, dos quais infelizmente não faço parte (risos) pode-se atingir a escala dos 95%, isso aberto à discussão de margens de erros de 15% para mais ou para menos (risos). Contudo, qualquer que seja a capacidade de absorção da sua esponja de conhecimento é impossível sair o mesmo, seja com escala para melhor ou para pior, o que prefiro ficar com a primeira opção. Faça o seu “remember universitário” e coloque na balança dos prós e contras (já faz alguns dias que venho balanceando os meus).

Enfim, depois de todo esse “vai e volta”, falemos um pouco resumidamente da força da comunicação em ordem não cronológica: Só os homens falam, só os homens se comunicam através de palavras e sinais fonéticos, que fomos formulando e aprimorando ao longo dos tempos, conforme nossas necessidades. Desde o simples toque de pele do bebê com a mãe, a primeira forma de comunicação do ser humano: o tato; a Segunda Guerra Mundial com os dotes de grande força propagandista de Joseph Goebbles (Ministro de Propaganda de Adolf Hitler); o Poder da Indústria Cultural; a imprensa de Gutenberg; a forma de Expressão: a arte, desde a Pop Arte com as Sopas Campbell, de Andy Warhol, a música de Mozart, ao balé dos Cisnes; ao rádio; à TV, ao Cinema e à Internet, que hoje formam essa imensa aldeia Global, dando-nos idéias de novas formas de comunicação “que estão” se desenvolvendo a cada dia-hora-segundos, formando novos padrões de vida, novos laços, uma nova forma, posso dizer, de ser humano, que muda conforme o ambiente ao qual vive e as necessidade que vão surgindo, acondicionando e distribuindo idéias e sentimentos que não só modificam as relações, mas as sensibilidades.

Depois desse breve e superficial resumo, deixo um pequeno parágrafo da Introdução do Livro (de1902 a 1936), que agora estou lendo, chamado “Revolução na Comunicação” uma antologia organizada por Edmund Carpenter e Marchal McLuhan, a qual me apaixonei! Que cabe ao que vivemos hoje, vai da Publicidade Comercial até análise detalhada das intenções e efeitos dos veículos de comunicação de massa. Além do parágrafo, fica também a indicação do livro, mas vamos ao que interessa:

“Assim como o esquimó tem sido destribalizado através do material impresso, passando em poucos anos do nômade alfabetizado, também nós, num período igualmente breve, estamos ficando tribalizados através dos canais eletrônicos. A instrução que abandonamos, ele a aceita pressurosamente; a linguagem oral que ele rejeita, nós aceitamos. Se isso é bom ou mau, é uma questão que ainda falta apurar. No momento, é importante que compreendamos a causa e o processo.”

“Sem uma compreensão da gramática dos meios de comunicação, é impossível ter esperança de atingir uma consciência contemporânea do mundo em que vivemos”.

Voltando a máquina do tempo, para o passado deixo meu carinho e agradecimento, para o futuro deixo uma deliciosa esperança de coisas boas e saudáveis e para o hoje traço ações para que tudo se complete.Fica um pouco do tudo.

Comunicar é o ato de comungar idéias.

Um comentário:

Kazinha disse...

Quanto concorrente meu Deus!