segunda-feira, 4 de maio de 2009

Quem sou eu?





Bem, esta pergunta acima, que é feita em perfis de site de relacionamento como orkut, torna se banal, por muitas vezes, pelo fato de esquecermos quem somos ou esquecermos de fazer essa perguntinha, que você pode me dizer que é clichê, mas eu lhe digo: O que não é clichê hoje em dia?Mas isso é pano pra outra manga.


Prosseguindo, durante uma aula na faculdade, foi proposto o tema Quem sou eu?, pelo qual a professora nos pôs a pensar sobre a imagem que fazemos e a que os outros fazem de nós. Eu, com os meus botôes coloridos, preferi recorrer à poesia a me pôr a explicar quem sou ( coisa complicada), porque tenho uma grande dificuldade em me expressar. Por isso, escolhi esse poema de Clarice Lispector, para auxiliar em minha explicação. Acho que esse poema veste bem, quanto à imagem que os outros têm de nós:




Sou como você me vê.


Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,


Depende de quando e como você me vê passar. Clarice Lispector




Lispector, a meu ver ou do pouco que conheço, era um mar contido em uma mulher, pelo menos essa é a imagem que faço dela. Ainda fazendo valer esse "mar contido em uma mulher", lembro-me de um texto. Só sei que: é muito díficil a minha pequena razão entender o texto de Clarice chamado " O Ovo e a Galinha". Prefiro senti-lo a entendê-lo. Mas, relembrando o ínicio do texto, acho que o primeiro poema cabe ao assunto, quando convém a imagem que os outros fazem de nós. Já o "O Ovo e a Galinha":








Creio, que este seja como nós nos vemos e nos sentimos, nos achamos em alguma forma. Mas, por vezes, nos entendemos, por outras, não.Tem gente que vai achar esse tal texto uma merda; tem gente que vai dizer que entendeu tudo. Mas que bom, porque nem a autora entendeu seu próprio texto (rs). Acho que por fim não cheguei a resposta de quem sou eu. Mas na verdade, não queria chegar... Cheguei sim, a conclusão é que vamos caminhando e seguindo a canção, desabrochando formas e jeitos de ver escondido cada ser que habita em nós. Bem, não quero me tornar dramática. Mas é isso, ir lapidando esse tal de eu.


Mas, e a pergunta que não quer calar? O que tem a ver com tudo isso a imagem acima do filme Volver? Tem haver comigo, porque chorei muito nesse filme e, através dele, pude me conhecer mais um pouco, mexeu com as emoções caladas. Calma, minha história não tem nada a ver com a da Raimunda, mas o amor de mãe para filha e de filha para mãe e esse universo feminino me trouxeram uma grande empatia tão simples e, ao mesmo tempo, comovedor.Fica a dica, para quem é manteiga como eu (rs). E a pergunta: Quem sou eu?

4 comentários:

bruno nobru disse...

Lais! achei muito boa essa questao e seu texto tambem, me pergunto e me perguntei varias vezes essa mesma pergunta.. depois de ler seu texto pensei em possíveis perguntas para a mesma pergunta..

1) "quem sou eu" que acho que eu sou?
2) "quem sou eu" que os outros acham que sou?
3) "quem sou eu" que eu gostaria que fosse?

a frase da Clarisse achei muito massa, mas parece estar entre a segunda pergunta, enquanto o que a primeira e a terceira parecem ser as que geralmente são usadas nos perfils de orkut e tal..

lembrei tambem de um trecho que escrevi ha um tempo..

"a gente pensa que sabe como a gente é, acha que se conhece e que sabe como agir em cada situação, mas se esquece que a vida é muda e que a gente muda

depois percebe que não adianta muito saber, pois cada situação é uma e cada momento leva a um outro movimento"

e lembrei-me tambem de uma frase de Paulo Freire: "o mundo não é, ele está sendo"

acho que a pergunta poderia ser então esta:
"quem sou eu" entre tantos eus que habitam dentro e fora de mim?

e penso que a resposta possa ser que a gente não é, mas que estamos sendo.. tantos e tantas que nem palavras temos para encerrar

Roberta Blá disse...

simplesmente amei o seu texto *-*
obrigada por me fazer refletir sobre essa questão tão fundamental e às vezes tão pouco questionada por todos os seres humanos...

Laís disse...

Fico feliz que vcs tenham gostado do texto!!!=)

Acho que a resposta do Bruno ou do Paulo Freire é a melhor :

estamos sendo!

Beijos

Sour Girl disse...

devido algumas coisas que tenho visto na sua vida....me arrisco a comentar.
bom, você é mar contido em uma mulher....
quero falar sobe você...não tem como defini - lá você é o setimento em que está mergulhada...ora mega,ora nervosa,ora apressada, ora em calmaria....
você é o que você sente....
nós mais estamos do que somos...
mas você é perfeita assim,você eh turbulencia quando julga necessário..
é calmaria quando sente que precisa.
julgo errado ao extremo as pessoas que querem mudá la ...
A laís é uma flor de liz...
alguém que tem vários polos
uma mulher, uma raiz,uma pétala...
iluminada...que emana energia e nos faz feliz...
É sonhadora,sensível,fugaz,
lentidão..é constantemente inconstante, pois é turbilhada por pensamntos, idéias...
pensa na vida,colorida como é
pensa em tudo, em nada, em tdos
em ninguém
em alguém...só alguém e mais ninguém.
é ela só assim
só, assim é ela
ela só assim
assim, nunca só ela é!
é Laís dos olhos de todos...