segunda-feira, 23 de julho de 2007

Chuva-Menina


Chuva-Menina


Ela caminha...
Seus olhos com jeito de se entregar.
E a chuva sozinha...
Num céu de papel avesso no mar.
E a cada passo uma lembrança:
Família, cachorro e canção de ninar.
Pedaço d’alma triste dança,
Retalhos de mim a pairar...


Ela caminha...
E o choro no rosto a rolar.
E no riso triste
Um olhar refletido, perdido no ar.
Um amor escondido
No Singular.
E a chuva na pele,
Que cai devagar.


A Chuva-Menina,
Parece um abraço nos braços do céu.
E ela caminha,
Sem perceber que não está sozinha.


E ela sonha...
Apesar dos pesares que brotam do chão.
E ela voa...
Como quem se liberta do caos e do não.
Num barco à toa...
Mas os seus horizontes pra sempre serão.


E ela caminha...


(Bruno Floriano - Mário Liz - Laís de Andrade)

2 comentários:

Anônimo disse...

lindo, singelo,
cheio de sensações e imagens...a tristeza soa tão bem em palavras...
amei!
bjos e parabéns!!

Mário Liz disse...

foi uma delícia tomar essa chuva ...rs !!!!

(e tava chovendo muito no dia, se lembra ....rs???)